Bom Dia Queridos (As) Leitores (As),
O sobrepeso e a obesidade são resultado de vários
fatores: genéticos, biológicos, nutricionais e psicológicos. O emocional pode
ter papel tão decisivo quanto a genética – leva a pessoa a comer mais,
funcionando como autêntico obstáculo à perda de peso e à aderência a um
programa de emagrecimento. São vários os problemas psicológicos que podem
provocar o aumento de peso ou impedir que a pessoa emagreça:
1- Compulsão alimentar: faz com que a pessoa coma
não por fome ou prazer, mas por ansiedade, apressadamente, ingerindo grandes
quantidades em curto período de tempo.
Depois, sente-se culpada ou arrependida.
Muitas vezes, os portadores desta compulsão estão em uma dieta personalizada,
equilibrada e saborosa, mas, repentinamente, começam a comer sem controle, muito
depressa e às escondidas. E só param quando estão empanturrados, cansados ou
com mal estar. Aí vem o arrependimento, mais ansiedade e o final de mais uma
dieta. Se a compulsão estiver presente e não for tratada, inviabilizará todos
os esforços de emagrecimento.
2- Depressão: afeta o indivíduo como um todo. Quem está
deprimido apresenta, entre outros sintomas, alteração no comportamento
alimentar, que pode levar ao ganho de peso.
Ele fica sem motivação para a
dieta, pessimista e se autodeprecia. Quando a depressão está presente em algum
grau no candidato a emagrecimento, deve ser tratada prioritariamente.
3- Ansiedade: é vilã número um das dietas alimentares.
Apresenta-se em diversas formas: pânico, fobia social, ansiedade generalizada,
agorafobia, estresse pós-traumático, fobias específicas, entre outras. Pessoas
tensas, excessivamente preocupadas, com pânico ou medos diversos podem buscar
no alimento um remédio para seus males, para um estado interno de desconforto
indefinido. Hoje, as formas clínicas de ansiedade são conhecidas, pesquisadas,
e seu tratamento tem bom prognóstico. É mais fácil tratar a ansiedade do que os
males dela decorrentes.
4- Estresse: é comprovado que o estresse tem influência
sobre o peso corporal, seja pelo aumento do cortisol circulante no sangue ou da
quantidade de alimento ingerida, que passa a atuar como mecanismo anti estresse.
5- Dificuldades sexuais, conjugais, afetivas ou de
relacionamento: é
sempre importante verificar o que se esconde por trás da obesidade ou do
excesso de peso. A gordura pode servir de escudo para evitar relacionamentos,
não assumir a própria sexualidade ou mesmo como forma de rebelião passiva a
situações conjugais conflitavas.
Problemas de relacionamento familiar e
social, como timidez excessiva, agressividade social e baixa assertividade,
também podem levar a pessoa ao prato.
7- Impulsividade: pessoas que não conseguem adiar a
gratificação imediata de um impulso – comer é gratificante em curtíssimo prazo,
emagrecimento em médio prazo – são mais vulneráveis a sabotarem a dieta.
Quando problemas psicológicos estão presentes,
sejam eles causa ou efeito dificultam ou inviabilizam a perda de peso. Por
isso, devem ser tratados conjuntamente. Na maioria dos casos, são problemas que
podem ser superados, desde que seja feita uma abordagem psicológica adequada.
Caso contrário, põem em xeque os mais competentes programas de emagrecimento e
os mais sinceros propósitos de pessoas que sabem o que fazer, mas não conseguem
realizar o que deveriam.
Leve uma vida mais leve,
Boa Semana,
Personal Trainer Barbara Campana
Fonte: http://www.suacorrida.com.br/sua-mente/quando-o-emocional-interfere-no-emagrecimento/
**Marco Antonio de Tommaso é psicólogo e
psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo, tendo atuado no IPQ HC USP em
pesquisa e atendimento. Credenciado pela Associação Brasileira para Estudo da
Obesidade, foi consultor da Unilever e hoje é articulista da revista Boa Forma,
além de psicólogo das agências Joy e L’Equipe de modelos.
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