Estava no Blog do meu amigo Márcio Atalla, li uma matéria bem explicativa sobre alimentos inflamatórios. Como tem muita gente com dúvida, decidi compartilhar um pouco da matéria. Para ler inteira clique na FONTE no final da matéria.
Nos últimos tempos as pessoas que buscam uma alimentação saudável têm se deparado com um novo termo de ingredientes vilões: os alimentos inflamatórios. Mas o que isso quer dizer?
É muito comum ter essa dúvida, até porque estamos acostumados a associar as inflamações do corpo a uma região que ficou avermelhada e inchada. Mas ela pode significar outras situações.
Existem dois tipos de inflamação, que ocorrem como um mecanismo de defesa e são disparadas pelo sistema imunológico. A mais conhecida é a de alto grau, que ocorre após trauma ou lesão, e que tem como características a dor, calor, rubor (vermelhidão) e edema (inchaço). Esses sintomas ocorrem pois há um aumento da dilatação dos vasos sanguíneos para levar os nutrientes necessários para a reparação do tecido afetado. Ela costuma ser localizada e ter curta duração, geralmente de 3 a 4 dias.
Diferente da inflamação de baixo grau, que pode perdurar por anos. É um fenômeno que começou a ser estudado há cerca de 10 anos e não apresenta sintomas tão específicos, sendo uma doença silenciosa. Quando o tecido está inflamado, começa a perder sua função clássica e por isso contribui para o surgimento de doenças metabólicas e crônicas. Veja alguns exemplos:
O fígado passa a metabolizar mal as substâncias no nosso sangue e a produzir gordura demais;
Os músculos deixam de captar glicose e acontece a chamada hiperglicemia, favorecendo a ocorrência de diabetes tipo 2;
O tecido adiposo libera gordura na corrente sanguínea e eleva o colesterol;
As veias e artérias captam e acumulam mais gordura (aterosclerose) e envelhecem mais rápido (arterioesclerose);
O hipotálamo, responsável pelo metabolismo e pela sensação de fome, queima menos calorias e perde essa capacidade de controle, com o aumento patológico do apetite (hiperfagia);
E o que os alimentos tem a ver com tudo isso?
A alimentação tem relação direta com esse processo de prevenção e recuperação. Isso porque certos nutrientes estão ligados com a produção dos chamados mediadores inflamatórios, substâncias que ao atingir as células podem promover ou até retroalimentar o processo de inflamação. Um exemplo é o excesso de gordura saturada. Nosso organismo pode confundir o nutriente sozinho com uma bactéria, pois a parede celular desses microrganismos é revestida com esse tipo de gordura. Com isso, as células que têm receptores do sistema de defesa detectam esse tipo de gordura e ativam o processo inflamatório.
Dentre eles estão as carnes vermelhas:
- Carnes vermelhas: apesar de terem importantes nutrientes, como proteínas, ferro, zinco e vitamina B, estudos demonstram que o consumo excessivo de gordura animal estimula a secreção contínua de ácidos biliares no intestino, que agridem a mucosa do cólon e induzem a apoptose (morte celular programada), em um microambiente propício à inflamação. Além disso, métodos de preparo que envolvem altas temperaturas e baixa umidade (como fritar, grelhar e assar) favorecem a formação de compostos pró-inflamatórios, neste caso as aminas heterocíclicas e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos.
Em contrapartida, alguns compostos presentes em alimentos, como os chamados bioativos, podem ter atividade biológica capaz de reduzir a resposta inflamatória. Como é o caso do ômega 3, presente principalmente em peixes de água fria e em algumas sementes, a chia e a linhaça; o resveratrol, presente em uvas; a curcumina, presente na cúrcuma; as catequinas do chá verde; entre outros. Cabe ressaltar que uma alimentação equilibrada baseada em alimentos in natura e minimamente processados e a prática regular de exercício físico podem melhorar o metabolismo e o perfil inflamatório, ficando mais perto de um equilíbrio nutricional e metabólico.
Boa Semana,
Personal Trainer Bárbara C. Moutinho
Fontes: Dennys Cintra, professor e coordenador do Laboratório de Genômica Nutricional e do Centro de Estudos em Lipídios e Nutrigenômica da Unicamp; Natália Simonian Ghedini, doutoranda em Ciências da Saúde (Unifesp); Thaís de Moura Neves, mestranda em Alimentos, Nutrição e Saúde (Unifesp); Clarissa Casale Doimo, nutricionista especialista em nutrição esportiva.
FONTE
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